Suspeito foi identificado pelo Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) da Polícia Civil de Mogi das Cruzes, na Grande SP. Pedro Rodrigues Filho, o Pedrinho Matador, foi morto a tiros em Mogi, em 5 de março. Pedrinho Matador em entrevista ao Fantástico em 1996
Reprodução/TV Globo
A Justiça decretou a prisão preventiva de um dos suspeitos pelo assassinato de Pedro Rodrigues Filho, o Pedrinho Matador, morto a tiros no dia 5 de março deste ano, em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. A informação foi confirmada pela Secretaria do Estado de Segurança Pública (SSP).
Ainda segundo a SSP, o suspeito foi identificado pelo Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) de Mogi das Cruzes, que conduz a investigação do caso.
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A pasta também informou que as diligências prosseguem e que detalhes serão preservados, pois o inquérito policial está sob sigilo judicial.
O caso
De acordo com o boletim de ocorrência, em 5 de março policiais militares foram acionados após serem informados sobre disparos de arma de fogo na Rua José Rodrigues da Costa, no bairro Ponte Grande, que uma pessoa teria sido atingida e que os suspeitos teriam fugido em um carro preto. Em outro chamado, a PM foi informada que o veículo teria entrado na Estrada da Cruz do Século. Os policiais foram até o local e encontraram o carro abandonado, com munição de pistola aparentemente intacta no assoalho.
Segundo o depoimento de uma familiar à polícia, por volta das 8h30 um carro preto foi visto trafegando na via no dia do crime. Mais tarde, às 9h50, Pedrinho estava sentado em uma cadeira em frente à casa dela quando o mesmo veículo parou na rua e, então, duas pessoas armadas desceram do carro. Um dos homens, que utilizavam máscaras, teria dito “não é nada com você, não. Pega sua filha e entra para dentro”.
Pedrinho Matador durante entrevista a podcast
Reprodução/YouTube
Na sequência, os dois efetuaram os disparos contra Pedrinho. Um dos suspeitos, com uma faca de cozinha, perfurou a garganta da vítima, que já estava caído. Após a ação, os criminosos voltaram para o carro e fugiram.
O celular de Pedrinho foi coletado pela equipe do Setor de Homicídios de Mogi das Cruzes. Já o carro encontrado pela PM e um galão encontrado próximo do veículo foram apreendidos.
Histórico de crimes
Pedrinho Matador foi preso pela primeira vez em 1973 e passou 42 anos na cadeia. Em uma entrevista para a revista “Época”, de 2003, Rodrigues Filho disse que teria matado mais de cem pessoas, incluindo crimes cometidos dentro do sistema prisional. No entanto, o g1 procurou o Tribunal de Justiça de São Paulo, que não informou por quantas mortes Rodrigues Filho foi condenado.
Rodrigues Filho dizia que cometeu o primeiro assassinato em Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, aos 14 anos de idade quando teria matado a tiros o então prefeito da cidade. O motivo foi a demissão do pai como vigia de um colégio municipal. O crime, no entanto, não consta em registros oficiais da polícia.
Pedrinho Matador em imagem de arquivo de 1996
Reprodução/ Fantástico
“Simplesmente, sou um assassino, sempre fui”, disse ele em uma entrevista ao Fantástico em 1996, quando estava havia quase 30 anos preso. Na ocasião, Rodrigues Filho estava havia dez anos na Casa de Detenção de Taubaté, isolado. Ele já tinha matado 40 pessoas dentro da cadeia.
Na entrevista ao Fantástico, Pedrinho dizia não ter arrependimentos. Entre as suas tatuagens, imagens de punhais e a frase “mato por prazer”. Em 2018, já em liberdade, ele criou um canal de YouTube. Antes de sua morte, ele também mantinha um perfil no Tik Tok.
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