“Não tem realização maior”, diz primeiro treinador de Willian Lima após prata nas Olimpíadas

A primeira medalha conquistada por um atleta brasileiro nas Olimpíadas de Paris, foi do judoca mogiano, Willian Lima, de 24 anos, chegou na final do masculino até 66kg e foi derrotado pelo japonês Hifumi Abe. Responsável pelos primeiros passos do atleta no esporte, o sensei Paulino Namie treinou o medalhista por 10 anos e dá risada ao dizer que o aluno que mais dava trabalho, hoje é o que dá mais alegria.

“Nos campeonatos, ele sempre ia bem. Fora, ele brigava com os colegas, bagunçava, dava trabalho de disciplina”, brinca Namie ao relembrar. Apesar de bagunceiro, sob os cuidados do sensei, Willian disputou as primeiras competições de base de judô e se apaixonou pelo esporte. “Nas categorias de base, sub-13, sub-15, ele venceu competições como Campeonato Paulista, Brasileiro e Pan-americano. Demonstrando desde cedo que poderia ser um grande atleta”, diz.

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Antes de se apaixonar pelo judô, o atleta queria a natação. Após o bom desempenho, em 2015, foi recrutado pelo Clube Pinheiros, com 16 anos, onde a paixão se desenvolveu em forma de talento. Até chegar nas Olimpíadas de Paris, Willian conquistou o Campeonato Mundial Júnior, em Marrakesh, o Mundial sub-21, Mundial Militar e três medalhas de ouro no Pan-americano, 2021, 2022 e 2024.

Prata nas Olimpíadas

Em Paris, Willian Lima superou quatro adversários antes da final contra o japonês Hifumi Abe, que bateu o moldavo Vieru Denis, primeiro do ranking, na outra semifinal. O brasileiro não conseguiu a tão sonhada medalha de ouro, mas foi motivo de grande orgulho para o país, pela conquista da primeira medalha olímpica. “A derrota dói, ainda mais na final. Eu treinei muito e queria a medalha de ouro. Mas estou feliz porque eu disse para o meu filho que iria colocar a medalha no peito dele”, disse.

Conquista de muito orgulho para o professor, que acompanhou os passos de Willian desde garoto. “Sou de uma família de judocas, desde a época do meu pai, nós tivemos muitos atletas bons na região, até que chegou a disputar mundial. Porém, nunca tivemos atletas olímpicos, ainda mais medalhista. Para Mogi das Cruzes é um fato inédito, para a região também. Para uma pessoa que trabalha com isso, não tem realização maior do que essa”, comemora Namie.

Willian Lima (a direita) mostra medalha ao lado de colega e do sensei Paulino | Acervo Pessoal.
Willian Lima (a direita) mostra medalha ao lado de colega e do sensei Paulino | Acervo Pessoal.

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