Grupo de Mulheres da AGFE celebra um ano com Comitê de Aceleração Feminina

Atividades são realizadas nas empresas associadas como objetivo criar ambiente propício para mulheres em cargos de tomadas de decisão dentro das organizações.

Ao celebrar um ano de atividades, o Grupo de Mulheres da AGFE tem como um dos saldos positivos o Comitê de Aceleração Feminina (CAF). Em encontros periódicos na sede das empresas associadas à Agência de Fomento Empresarial, elas debatem e trocam experiências de como criar ambientes que ofereçam capacitação e oportunidades para as mulheres em cargos de tomadas de decisão.

Em Podcast, elas falam da iniciativa. Assista!

O primeiro encontro do grupo foi em agosto de 2023, na sede do Club Med Like Paradise. Na ocasião, mulheres representantes das empresas associadas se reuniam para se conhecerem, definirem propósitos do grupo e traçarem caminhos para alcançar os objetivos no que se refere ao universo feminino no ambiente de trabalho. Missão que se mostra de extrema importância diante do relatório do Fórum Econômico Mundial, divulgado em junho deste ano, que apontou que o mundo está a 134 anos, ou cinco gerações, de alcançar a igualdade de gênero.

“Como o nome mesmo diz, o nosso objetivo é trabalhar para que esses indicadores de equidade avancem nos locais em que atuamos. Ainda no ano passado, nós fizemos um levantamento com as empresas para entender o quantitativo de mulheres em geral no quadro de funcionários, quantas delas ocupavam cargos de liderança. Com esse diagnóstico, começamos a visitar as empresas para entender a realidade de cada uma delas e de que forma podemos acelerar a equidade”, explica Priscila Alvarino Rodrigues, chefe do departamento Jurídico da Neobpo.

Nos encontros, a troca de experiência é uma dos pontos-chave. O relato de uma, pode ajudar implementar uma nova política na empresa da outra. Com a atuação em conjunto, Priscila destaca que é possível reduzir as diferenças salariais e também contar com um maior número de mulheres em cargos de tomadas de decisão.

“O grande desafio, em alguns casos, nem é ter a presença feminina, a minha já tem 75% do quadro formado por mulheres. E sim fazer com que elas cheguem às reuniões, à diretoria. A diversidade tem papel muito relevante de encorajar, servir de exemplo e mostrar àquelas que são desencorajadas ainda na infância a não terem alguns sonhos, que elas podem alcançar o que quiserem”, pontua Priscila. 

Um dos últimos encontros do CAF foi na sede da Niterra do Brasil. Mariana Generato, diretora comercial na ARV Systems, explica que a cada encontro elas também levam um tema para ser debatido. Na ocasião, elas conversaram sobre como mulheres podem chegar a setores e cargos que são quase sempre ocupados por homens.

“No encontro nós vimos o exemplo de uma empresa que oferece para mulheres um curso que vai nesse sentido de capacitar elas para áreas que antes eram ocupadas apenas por eles. A partir daí, a gente tem uma proposta de criar um ambiente para que elas ocupem os espaços e de que forma podem ir além. A gente tem um lema de que ‘uma subiu, puxa a outra’. No próximo encontro, teremos mais uma pauta para debater, e assim teremos sempre caminhado um pouco mais na busca pela equidade”, pontua Mariana.

Fabiana Rodrigues da Costa Cunha é a gerente de Recursos Humanos da Niterra do Brasil. Ela ressalta que a ação de efetiva mudança se dá por meio de projetos e ações que estimulem as mulheres a buscarem os seus espaços, de forma mais fácil, mais rápida. Que esse processo muitas vezes é demorado, mas que começa a partir do despertar da confiança e de fazê-las acreditarem nas suas potencialidades.

“Na minha organização, a gente observa, no dia a dia, que muitas mulheres não acreditam em si mesmas, e isso acaba sendo uma barreira que trava o desenvolvimento profissional. Um dos caminhos para quebrar essa barreira e trazer oportunidades é criar referências femininas, com exemplos de superação e desenvolvimento que estimulem tanto a inserção quanto o desenvolvimento das carreiras”, conta. 

Fabiana fala em trazer à mulher a figura de protagonista nesse processo. Para isso, além de boas referências, é preciso desenvolver um ambiente de valorização, envolvendo todos os públicos. Não basta estimular a mulher a se desenvolver, todo o ambiente da organização tem que estar preparado, entender e valorizar a figura feminina. Os benefícios, assim, serão comuns.

Para o futuro, o CAF pretende expandir a atuação também para as mulheres da comunidade, por meio de capacitações.  “O processo agora é atuar dentro das nossas organizações fazendo a nossa lição de casa e, depois, levar essa bagagem que a gente carrega para atuar além dos muros”, finaliza.

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