Argentino apaixonado por futebol e gelato empreende em Mogi há 9 anos

Há quase 9 anos, o argentino Nicolás Bonifacino (37) tomou a decisão de se mudar da capital do seu país natal, Buenos Aires, para Mogi das Cruzes, para começar o próprio negócio, uma gelateria argentina. Hoje, adaptado à cidade, o empreendedor diz gostar da tranquilidade, da segurança e da localização de Mogi, “está perto de tudo”.

Para explicar a escolha da cidade, o confeiteiro lembra do início do seu relacionamento com a atual mulher. “Conheci ela em Balneário Camboriú, Santa Catarina, nós estávamos de férias”, conta. A até então namorada, era de Itaquaquecetuba, e, por conta da família dela, o argentino escolheu Mogi. “Aqui era melhor que Itaquá para montar o negócio que eu queria”, comenta.

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A primeira unidade da Goliat Gelato Argentino foi inaugurada no bairro Parque Monte Líbano há oito anos e meio. O local é colorido, com móveis antigos, que passam o ar de uma pequena casa aconchegante. No fundo do ambiente, há uma pequena sala de estar, onde Nicolás transparece uma das maiores paixões além da culinária: o futebol.

Diego Armando Maradona e símbolos de times argentinos foram pintados na parede da Goliat | Nicolly Assis.
Diego Armando Maradona e símbolos de times argentinos foram pintados na parede da gelateria | Nicolly Assis.

Além das imagens de jogadores e times argentinos na parede, a casa conta com desenhos da Mafalda, tira escrita pelo cartunista argentino Quino, com histórias de uma menina preocupada com a humanidade; imagens do também argentino Papa Francisco. No local, são comercializados os gelatos artesanais, as empanadas argentinas, cafés e doces como tiramisu.

Segundo Nicolás, os pontos fortes de Mogi das Cruzes são tranquilidade, segurança e localização. “Está perto de tudo, da praia, de São Paulo, é um bom ponto para ir de um lugar para o outro”, relata.

Questionado sobre empreender na cidade, Nicolás diz estar feliz e ressalta as diferenças de comportamento da população.

“Eu sou de uma capital, percebi que as pessoas de lá são mais aceleradas, têm outros costumes. Aqui, tem muita coisa do interior. No primeiro ano, não me satisfazia com muitas coisas. Hoje, são coisas que eu gosto. Porém, passei a entender que, em alguns momentos, como no inverno, as pessoas passam a sair menos. Se chove ou faz muito calor também. Nas capitais, independente do clima, as pessoas saem normalmente”, diz.

Apesar das diferenças, o argentino inaugurou uma segunda unidade da gelateria no dia 19 de janeiro em Suzano. “Eu estou super feliz com meus comércios aqui, não iria para outro lado. Quase abri um comércio no Tatuapé. Porém, no dia em fui fechar o contrato demorei 5 horas para chegar ao local de carro em um trajeto de 1h30. Por conta disso, abri a segunda unidade em Suzano”, afirma.

Diferenças que mudaram o jeito de Nicolás ver a vida. “Na capital, as pessoas têm outra educação, o brasileiro é muito carinhoso, os argentinos são mais frios. Eu vejo uma pessoa lá por 40 anos e não sei o nome dele. Aqui, você conhece seu vizinho, tem essa coisa acolhedora, de convidar para jantar na sua casa. Sinto que hoje não preciso ter a loucura que eu vivia em Buenos Aires o tempo inteiro”, finaliza.

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