Professora de Itaquaquecetuba incentiva expressividade de alunos por meio da dança-teatro


Cerca de 240 alunos que cursam o 3º, 4º e 5º ano do ensino fundamental. Projeto, que é um dos finalistas do prêmio “Educador em Ação”, tem como objetivo fazer do corpo o elemento principal para o despertar da arte. Prêmio Educador em Ação: iniciativa valoriza projetos do ensino público municipal
Um dos projetos que está entre os finalistas do prêmio “Educador em Ação”, realizada pela TV Diário em parceria com a Prefeitura de Itaquaquecetuba e da comunidade educativa Cedac, é o “Protagonismo em cena, performances corporais expressivas”, desenvolvido na Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Prefeito Benedito Barbosa de Moraes, em Itaquaquecetuba.
Com a proposta de fazer do corpo o elemento principal para o despertar da arte, a professora e autora do projeto Silmara Lopes Pires da Silva conta que o projeto está sendo desenvolvido desde o início do ano.
“Todas as ações partiram do corpo, da experimentação, da expressividade e do reconhecimento. Então os alunos mergulharam em várias linguagens artísticas, mas partiu de uma única: dança-teatro. O aluno não dança só por dançar, a dança vem com muito mais expressividade, facial e corporal, para as crianças entenderem o seu pertencimento no espaço escolar”.
Cerca de 240 alunos que cursam o 3º, 4º e 5º ano do ensino fundamental. Segundo a professora, a primeira atividade desenvolvida é um misto de duas experiências, o olhar de um artista plástico e de um ativista ambiental. “Foi uma mistura que eu fiz sobre as obras de Frans Krajcberg. As crianças conseguiram entender o trabalho dele de forma lúdica”.
“Foi muito legal. Quando eu participei, senti um pouco mais de arte em mim, dentro de mim”, conta Yasmin Navarro de Lima, de 9 anos.
Foi usando o corpo como suporte e espaço escolar como possibilidade de transformação que muitas outras ações aconteceram na unidade. Como fotos, desenhos da silhueta e até apresentações.
“Enquanto fazíamos a coreografia, a professora pedia para a gente parar e ela ia tirando fotos. Ver as fotos aqui na escola foi muito legal porque todo mundo estava interessado”, conta Gabriel Ramos Nascimento Lima, de 9 anos.
Em todas as ações, são três pilares que sustentam o projeto: protagonismo, democracia e inclusão. “O reconhecimento dessa criança foi além da dança e do teatro. Ele também tem que se reconhecer, não importa o corpo que dança ou a voz que fala e interage, mas também como pessoa, pertencimento à sua etnia”.
Projeto tem como objetivo trazer sensação de pertencimento para crianças da Emeb Prefeito Benedito Barbosa de Moraes, em Itaquaquecetuba
Reprodução/TV Diário
‘Educador em Ação’
Os moradores do Alto Tietê já podem votar em um dos projetos finalistas do prêmio “Educador em Ação”. A iniciativa tem como objetivo valorizar e premiar projetos do ensino público municipal.
A votação pode ser feita por meio do site do projeto. Ao todo, 47 projetos foram inscritos e cinco foram selecionados como finalistas. Essa seleção foi feita pela comunidade educativa Cedac.
“O nosso objetivo é fazer projetos de formação de educadores nas redes municipais por todo o país, o nosso trabalho visa a discussão de como qualificar as práticas educativas no interior das escolas e das redes públicas”, explica a diretora executiva da Cedac, Patrícia Diaz.
Para ela, o projeto “Educadores em Ação” é importante porque convida os professores a desenvolverem formas de ensino que motivem e estimulem os estudantes. “É um prêmio que estimula os professores a revisarem seus planejamentos, se atualizarem com novas pesquisas de metodologia, entre outros”.
“Quando escolhemos os projetos finalistas, avaliamos os indicadores relativos tanto como a forma que o projeto foi escrito – se tinha clareza na descrição dos itens, introdução, objetivos, metodologia, se cada item expressava realmente aquilo que era necessário -, quanto os conteúdos em si. Então, os critérios de avaliação levaram em consideração conteúdos relevantes e conexão com a avaliação da aprendizagem dos estudantes, ou seja, aqueles projetos que mostraram que estavam em conexão e mostravam como os professores fizeram as propostas, o que fizeram e o que os estudantes fizeram durante o processo”.
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