Feito com amor e dedicação cartucho de doces é mais uma tradição da Festa do Divino de Mogi das Cruzes


Ele é confecionado de cartolina e papel crepom e serve para acondicionar balas, pirulitos e doces que serão recebidos pelas crianças e jovens que participam da Procissão de Pentecostes. Cartucho é feito artesanalmente e é entregue para crianças e jovens que participam da Procissão de Pentecostes
Andrea Pires de Siqueira/Arquivo Pessoal
A tradição está presente em vários momentos da Festa do Divino Espírito Santo de Mogi das Cruzes. Até em pequenos detalhes é fácil perceber a devoção e o carinho na organização do evento. Um deles é a produção do cartucho que é distribuído para as crianças e jovens que participam da Procissão de Pentecostes.
O cartucho nada mais é que um cone feito de cartolina, decorado com papel crepom e recheado de doces e balas. Mas para contemplar todas as crianças e jovens é preciso produzi-los de forma manual. “Faz um cone de cartolina, pica o [papel] crepom e cola ele em toda a volta do cone de cartolina”, explica Andrea da Silva Pires de Siqueira que é a responsável pelos cartuchos. Filha de João Pires, que era a voz da Alvorada e morreu no ano passado aos 86 anos, Andrea foi chamada pela prima Silvania Grinberg em 1994, quando ela foi festeira, para distribuir os cartuchos. Ela afirma que nessa época os doces eram embalados em sacos de papel e achava sem graça.
Atualmente, a produção dos cartuchos se tornou uma grande festa. Andrea reúne a família e amigos que ajudam na confecção dos cartuchos e a preenchê-los com doces. “Tem uma tia minha que tem por volta de 80 anos que ajuda a fazer os cartuchos e ela vai comentando que quando o sogro e sogra dela foram festeiros, ela fazia os doces e os cartuchos. Os doces eram artesanais, abóbora, batata doce.”
Hoje o cartucho é “recheado” com balas, pirulitos, doce de leite, pipoca doce, entre outros. Os doces são doados pelos amigos de Andrea. “Faço uma tabela com o número que vou precisar de cada doce. Alguns doam os doces, outros valores e aí junto e vou fazer a compra.”
Doces são doados para rechear cartuchos
Andrea Pires de Siqueira/Arquivo Pessoal
Além da confecção, ela também tem ajudantes para a distribuição. Isso porque as crianças e jovens recebem os cartuchos no final da procissão na entrada da Catedral de Sant’Anna. Para esse ano, Andrea e seus voluntários vão preparar 300 cartuchos. O mutirão já tem data para acontecer e tudo tem que estar pronto antes do início da Alvorada. Para Andrea as reuniões de “trabalho” tem um significado especial. “Trazer o Divino para todo mundo. As pessoas gostam de ajudar, enquanto fazemos o cartucho a gente conversa.”
Voluntários fazem muitrão para produzir cartuchos
Andrea Pires de Siqueira/Arquivo Pessoal
Em 2023 a 410ª edição da festa será realizada de 18 a 28 de maio. Os festeiros são o casal Josmar Cassola Silva e Maria Tereza Pereira Cassola Silva e os capitães-de-mastro são Ricardo Medina Alvarez e Maria de Lourdes Pereira da Silva Medina.
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