A diplomacia brasileira está sob desafio. A eleição presidencial na Venezuela trouxe um elemento importante na avaliação do governo do Presidente Lula (PT), pois pretendendo ser o fiel da balança nas relações internacionais, tem que jogar o jogo sem dissimulação e meias palavras para encobrir desmandos de políticos amigos.
A imprensa internacional cobriu a eleição que Nicolás Maduro “conduziu”, sim, podemos dizer que conduziu porque detém o controle da justiça eleitoral daquele país e do exército que lhe serve aos propósitos de perpetuação no poder.
O Presidente Lula disse não ter visto nada de grave e anormal no processo eleitoral, lamentável discurso, pois houve um processo eleitoral que impediu candidaturas e perseguiu opositores, e o pior, escondendo as atas eleitorais Maduro deu um nó em todos e também no governante brasileiro.
Mas, isso acontece, porque Lula vacila ao proteger Maduro normalizando os desvios, apontando que o caminho para a oposição é a justiça – ora a justiça – justamente aquela que está nas mãos do ditador. Como pode ?
Será que Lula pensaria assim estivesse ele no lugar da oposição venezuelana ?
Lula precisa ter coragem de enfrentar a dita “companheirada” que flagrantemente não respeita a democracia, mas que usa a palavra de forma banal para dissimulações.
Pelo menos algo foi dito para pressionar Maduro, mas veremos se tem efeito ou não mais adiante, isto é, o Brasil, juntamente com a Colômbia e México emitiram nota conjunta para que sejam divulgadas as tão faladas atas eleitorais com os resultados das urnas, ponto que virou assunto internacional, afinal, como confiar no resultado eleitoral sem transparência ?
Apesar disso, nosso presidente se quer firmar-se como líder latino deve começar a fazer sua lição de casa e enfrentar os nós que lhe são apresentados, adotando atitude de estadista para não passar vergonha, nem pano para ditadores.
“Maduro governa como ditador perseguindo seus adversários”
O post Venezuela, exemplo do que não queremos por aqui apareceu primeiro em O Diário de Mogi.