Santos, doutores e professores são títulos mais frequentes de ruas de Mogi das Cruzes


Município mais antigo do Alto Tietê, Mogi das Cruzes completa 464 anos neste domingo (1º) e o g1 traz um resumo de três personalidades importantes da cidade que dão nome a vias da cidade. Santos, professores e doutores. Segundo o Censo 2022 do IBGE, estes são os títulos mais frequentes nos nomes das mais de 46,4 mil ruas, avenidas, estradas e outros tipos de vias de Mogi das Cruzes, cidade mais antiga do Alto Tietê e que completa 464 anos neste domingo (1º).
De acordo com o Censo, os títulos mais homenageados em vias do município são:
Santa, Santo, San e São: 83 endereços;
Doutor e doutora: 80 endereços;
Professor e professora: 79 endereços.
No aniversário do município, o g1 traz um resumo da vida de personalidades importantes de Mogi que deixaram legado nomeando vias.
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Santana
Padroeira do município, Sant’Ana, Santa Ana ou ainda Santana dá nome a uma rua das principais ruas do Centro da cidade. A rua Santana liga a avenida Voluntário Fernando Pinheiro Franco com a rua Ipiranga. Além disso, a catedral de Mogi também leva o nome da santa.
Não há registros bíblicos sobre Ana, mas textos apostólicos contam um pouco da história da mulher que foi mãe de Maria e a avó de Jesus Cristo.
Imagem de Sant´Anna fica na exposta na Catedral da Diocese de Mogi das Cruzes
Doralice M. F. Santos/Catedral de Sant´Anna
De acordo com a bíblia, Ana era uma mulher casada com um homem muito rico, mas o casal não conseguia ter filhos. Isso, na tradição judaica da época, era um sinal de falta de bênção e graça de Deus.
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Após dias em oração, Ana e Joaquim, seu marido, receberam a notícia de que se tornariam pais. Meses depois veio ao mundo Maria, a mãe de Jesus.
Santa Ana se tornou então, a protetora dos avós, e séculos depois, se tornou padroeira de Mogi das Cruzes.
Professora Joaquina de Oliveira Ruiz
Joaquina de Oliveira Ruiz dá nome a uma avenida localizada em Brás Cubas. Nascida em 1916 em Itapira, no interior de São Paulo, mudou-se para Mogi das Cruzes em 1940, com o objetivo de lecionar contabilidade, mecanografia e taquigrafia.
Na cidade, ela se tornou uma das primeiras mulheres a dar aulas em um curso técnico noturno, destinado, naquela época, preferencialmente aos homens.
Joaquinha morreu em 2006.
Doutor Deodato Wertheimer
As contribuições do médico Deodato Wertheimer para a saúde e política do município renderam homenagem a uma das principais ruas de Mogi e a uma tradicional escola estadual da cidade, ambas localizadas no Centro
Segundo o livro “Os Maiores Personagens da História de Mogi das Cruzes”, de Régis de Toledo, Wertheimer nasceu em São Paulo e se formou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
Em 1912, ele voltou para São Paulo, onde começou a trabalhar como assistente de médico na Maternidade São Paulo e no Instituto Paulista. Por indicação do Instituto atendia várias cidades do interior, entre elas Mogi das Cruzes. Toledo destaca que na cidade o médico fez muitos amigos, entre eles Leonor de Souza Franco, filha do coronel Souza Franco , com quem se casou em maio de 1914.
Deodato Wertheimer era médico e foi ex-prefeito de Mogi das Cruzes
Arquivo Histórico de Mogi das Cruzes/Acervo
Wertheimer liderou campanhas de combate à gripe espanhola. Ele também ficou à frente dos trabalhos no ‘hospital dos gripados”.
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De acordo com a obra de Toledo, o médico foi o vereador mais votado nas eleições de 1919 e permaneceu no cargo por cerca de 20 anos. Em 1920, quando a Câmara elegia seus administradores, ele foi elevado ao cargo de prefeito.
Antiga Igreja do Rosário, que ficava na Rua Dr. Deodato Wertheimer, no Centro de Mogi
Vossilius/Reprodução
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