Mulher denuncia vizinha de terreiro de candomblé por racismo em Mogi das Cruzes


Segundo o boletim de ocorrência, a suspeita ofendeu a vítima com os dizeres “tira a mão de mim, eu não gosto de você, sua macaca, sua preta macumbeira fedida, você fede”. A ialorixá responsável pelo terreiro disse que deixará o local e buscará outro espaço para continuar manifestando sua fé. Terreiro fica localizado na Vila Moraes, em Mogi das Cruzes
Divulgação
Uma mulher denunciou uma vizinha de um terreiro de candomblé localizado na Vila Moraes, em Mogi das Cruzes, por racismo nesta terça-feira (20). O caso ocorreu na manhã do último sábado (17).
De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima foi ao centro religioso, no último sábado, para verificar a situação de falta de luz do imóvel. Na oportunidade, ela aproveitou para oferecer comida ao filho da vizinha que mora ao lado do terreiro.
No entanto, ainda segundo o boletim de ocorrência, após tentar entregar uma sacola para a mãe da criança, a suspeita rejeitou a oferta e passou a ofender a vítima com os dizeres “tira a mão de mim, eu não gosto de você, sua macaca, sua preta macumbeira fedida. Você fede”. A vítima ainda alegou que foi ameaçada pela suspeita.
Em contato com o g1, a ialorixá Daniela de Iansã, responsável pelo templo religioso, relatou que os problemas com a vizinha, filha da locadora do imóvel, começaram desde que ela se mudou para o espaço. Segundo a ialorixá, após este caso envolvendo uma de suas filhas de santo, ela deixará o local e buscará outro espaço para continuar manifestando sua fé.
“Por ser uma mulher mais velha, eu sempre fui relevando e levantei uma bandeira da paz, até porque eu precisava tocar meu candomblé, cuidar dos meus filhos espirituais e de quem lá fosse precisar de ajuda”, contou a ialorixá.
O caso foi registrado como racismo no 1º DP de Mogi das Cruzes.
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