Os dados são do site IQAir, uma organização não governamental parceira das Nações Unidas que mede a qualidade do ar no mundo todo. A atualização do site acontece minuto a minuto, ou seja, até esta terça-feira, é possível que as duas cidades deixem o caiam no ranking.
Ferraz é a terceira cidade brasileira no ranking, atrás de São Caetano e São Bernardo. À frente, por exemplo, da cidade de São Paulo.
O site apresenta também um índice para cada cidade. Em Ferraz e Itaquá o relatório classifica a qualidade do ar como “pobre”. As demais cidades da região não aparecem no ranking do Instituto.
Capital
De acordo com a plataforma, na manhã desta segunda-feira, São Paulo era a cidade com a pior qualidade de ar do mundo, seguida de Lahore, no Paquistão, e Kinshasa, na República Democrática do Congo. Na parte da tarde, a situação se inverteu; Lahore era a mais poluída, seguida da capital paulista.
Motivos
Um dos fatores são as queimadas em todo o País, cuja fumaça está sendo carregada para o Sudeste. Outro problema são as condições meteorológicas, somadas à poluição, que não têm favorecido a dispersão da fumaça. Nessa época do ano, de agosto a outubro, o fogo na amazônia, no pantanal e no cerrado e queimadas em países vizinhos geram fumaça suficiente para cobrir uma área da ordem de 5 milhões de quilômetros quadrados, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
A situação é considerada típica, mas ocorre em um momento de seca histórica no Brasil, que atinge ao menos 3.978 municípios, segundo boletim publicado pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) na última terça-feira (3), e 58% do território nacional. A fumaça tem causado transtornos à população de diversas regiões do Brasil, como municípios no sul do Amazonas e no entorno de Porto Velho (RO).