Nos dois primeiros meses do ano, Itaquaquecetuba liderou o saldo de empregos nas indústrias da região com 399 novas vagas, seguida por Ferraz de Vasconcelos (181) e Poá (116). Indústria de produtos têxteis está entre as que mais contrataram no Alto Tietê
Reprodução/EPTV
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) em parceria com o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) apontam que entre janeiro e fevereiro deste ano, foram contratadas pelas indústrias do Alto Tietê 4.189 pessoas. No mesmo período foram 3.398 desligamentos, ou seja, um saldo positivo de 791 novas vagas.
Entre os setores industriais que mais geraram oportunidades estão a fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (547); fabricação de produtos têxteis (432) e fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (411). Além disso, nos dois primeiros meses do ano, Itaquaquecetuba liderou o saldo de empregos nas indústrias do Alto Tietê com 399 novas vagas, seguida por Ferraz de Vasconcelos (181) e Poá (116).
O diretor regional do CIESP Alto Tietê, José Francisco Caseiro, destaca que o perfil diversificado das mais de duas mil indústrias instaladas na região é um fator importante para a geração de empregos. “Saímos de um período desafiador para as empresas, onde o número de empregos caiu e tudo mudou, para um momento de recuperação da atividade econômica e, consequentemente, de maior oportunidade de emprego. Contamos com indústrias de diversos portes e setores, o que coloca a região como um dos principais polos industriais do Estado”, detalha.
Empregabilidade na indústria
De acordo com o Ciesp, a indústria é conhecida também como uma das atividades econômicas que possuem as melhores remunerações. Nos últimos meses, o salário médio de admissão ficou em R$ 2.313,37 na região. Do total de admissões do primeiro bimestre, 71% foram de homens e outros 28% de mulheres. No primeiro bimestre, ainda segund o Ciesp, foram mais de 700 vagas abertas.
O maior volume de contratações se deu para trabalhadores com ensino médio completo com idade entre 18 e 24 anos, e 30 e 39 anos. “A indústria é a porta de entrada para a capacitação profissional. A existência de universidades, faculdades e escolas técnicas, além do Senai colabora para qualificar a mão de obra e são celeiros de talentos”, acrescenta Caseiro.
Em 2020, ano que marcou o início da pandemia de Covid-19, o setor amargou o saldo negativo de 1.328 vagas de emprego, já em 2022, o saldo de contratações alcançou 1.925 novas oportunidades, um crescimento de 245% de um período para o outro. Atualmente, o segmento emprega mais de 70 mil trabalhadores.
O diretor regional avalia que a tendência de crescimento de empregos na indústria deve avançar. “Apostamos que o processo de reindustrialização baseado nas tecnologias da indústria 4.0 e a economia de baixo carbono vão gerar muitas oportunidades de trabalho. A indústria é resiliente, mesmo com desafios que incluem excesso de tributação, alto custo e infraestrutura deficitária, continuamos sendo o motor de crescimento nacional e os nossos colaboradores têm papel fundamental nesse processo”, reforça.
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