Moradores de Mogi reclamam da falta de solução de problemas relacionados ao esgoto na cidade

Uma moradora sofre com o problema há três anos. Outra afirma que o Semae começou um serviço em março e ainda não terminou. Para o primeiro caso, o Semae afirmou que enviará um fiscal para averiguação. Já para o outro, o órgão disse que os serviços devem terminar nesta semana. Moradores de Mogi reclamam da falta de solução dos problemas de esgoto da cidade
Em Mogi das Cruzes, moradores cobram agilidade na solução de problemas relacionados ao esgoto.
Ivone Pimentel mora em Mogi das Cruzes, no Conjunto Habitacional Brás Cubas, há 30 anos. Mas depois que um prédio foi construído ao lado da casa dela, há 3 anos, Ivone passou a ter problemas com esgoto no muro do quintal da casa. Segundo ela, o problema está no nível do terreno, onde o condomínio foi construído.
“Eles fizeram um aterro e aí fizeram essa fossa do lado aí, que ela não está no projeto. Essa fossa está acima do meu muro. Então, você sabe que a fossa é feita daqueles tubos que vão encaixando, a água vai saindo pra os lados. Ainda se ela tivesse, por exemplo, no mesmo nível do meu terreno, eu não iria ver esse problema. Mas como ela está acima, então por isso que acontece esse tipo de coisa, de ela estar infiltrando pro lado de cá. O esgoto está tudo num nível só, os tubos, então não tem caimento. Então, aí por isso que eles têm que ficar colocando bomba pra empurrar porque aquilo a água para tudo, entope tudo os encanamentos”, disse a comerciante.
O Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) informou, em nota, que a responsabilidade pelo reparo da fossa é do condomínio, mas vai enviar um fiscal para averiguação e, se constatado o problema, os responsáveis pelo residencial serão notificados para regularizar a situação.
Imagens feitas pela dona da casa mostram como fica o muro quando o condomínio não utiliza a bomba. Ela explica que já fez reclamação na Cetesb e no Semae, mas até agora não conseguiu resolver a situação.
“Eu acho uma irresponsabilidade porque a gente paga imposto. A gente, como morador, paga imposto e, quando a gente precisa, não tem uma ajuda, uma solução. O que eu penso, assim, você sabe que o condomínio dá garantia do serviço dele de cinco anos. Então, já está com três. Eu que limpo esse quintal aqui, passo cortador de grama. Você vai passar o aparador aqui e espirra tudo na cara da gente, coisa de esgoto. Eu tinha um sonho, por exemplo, de fazer playground aqui pra os meus netos. Como é que eu vou fazer com um negócio de esgoto desse. Não tem como”, desabafou Ivone.
Natália Paula Fontana, que também vive em Brás Cubas, passa por um outro problema. A luta dela é para que o Semae termine o serviço que começou em março deste ano.
“Desde o começo a gente teve problema com o Semae pra fazer o esgoto. Só que aí eles vieram em março, fizeram o serviço e não finalizaram. Desde março, então, eu venho ligando pro Semae solicitando o recapeamento da rua porque essa rua já estava arrumada. Ela era arrumada, ela não era quebrada. Eles vieram, fizeram o serviço e não finalizaram. Eles não arrumaram minha rua, minha rua se encontra toda quebrada, ela não tem como passar. Pra gente passar, a gente teve que tirar o entulho aqui do começo pra gente poder passar com o carro. E assim a gente está vivendo desde março, com essa luta pra fazer o recapeamento da rua”.
Natália conta que, desde que o Semae começou a obra, ela já abriu cerca de dez protocolos. Os pedidos, segundo ela, foram feitos ao Semae e à ouvidoria da Prefeitura. Ela explica que a instalação da rede de esgoto é particular. Ela já está na quarta parcela e até agora o Semae não voltou para finalizar o serviço.
“Eu estou pagando mais de R$ 1,5 mil pra fazer esse esgoto. estou na quarta parcela, pra você ter uma ideia. Porque a gente construiu e a gente teve que ficar pagando as coisas em pouco. Eu estou na quarta parcela desse esgoto e eles não finalizam. Como está quebrado aqui tudo, eu tive que adotar um cachorro na minha casa porque como passa uma imagem de abandonada, entra usuário de droga, entra casal pra fazer as coisas aqui, por ser uma rua sem saída. Não tem iluminação pública. Eu já solicitei pra prefeitura e também não tem uma iluminação decente. A gente fica no escuro. Tive que contratar essa luz que acende por sensor. Meu cachorro aqui fica 3h fazendo escarcéu porque tem gente entrando aqui na frente. Na minha obra roubaram muita coisa porque encontra-se abandonada essa rua e a gente não tem mais o que fazer”.
Já para este caso, o órgão informou que a previsão é de concluir os reparos necessários nesta semana.
O Diário TV aguarda uma posição da Predial Suzanense, responsável pelo condomínio.
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