Família de idoso acusa Hospital Municipal de Brás Cubas, em Mogi, de negligência

Sêo Antônio está internado no local desde o início de agosto, quando foi transferido da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Jundiapeba com problemas cardíacos. Em nota, a Fundação ABC disse que todos os exames necessários, sejam eles laboratoriais ou de imagem, foram prontamente disponibilizados e realizados. Família de idoso reclama de atendimento no Hospital Municipal de Brás Cubas, em Mogi
A família de um idoso, de 68 anos, que está internado, em coma, no Hospital Municipal de Brás Cubas, em Mogi das Cruzes, reclama de negligência por parte da unidade hospitalar. O sêo Antônio está internado no local desde o início de agosto, quando foi transferido da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Jundiapeba com problemas cardíacos.
O pintor Caio Vinícius Silva Matos, que é genro do idoso, afirmou que falta transparência por parte do hospital. “A UPA transferiu ele para esse hospital com um suposto infarto. Chegando no hospital, os profissionais disseram que iriam refazer o exame porque os exames do posto de saúde não servem para o hospital. Ficamos esperando o boletim médico e eles só vinham com informações como ‘é provável que não era infarto, era pedra no rim’, o segundo disseram que era uma hérnia. Até hoje nunca deram um resultado definitivo”.
Em nota, a Fundação ABC, Organização Social de Saúde que administra o Hospital Municipal de Mogi das Cruzes, disse que todos os exames necessários, sejam eles laboratoriais ou de imagem, foram prontamente disponibilizados e realizados. Alegou ainda que o acolhimento à família é uma prioridade.
A família suspeita que o paciente tenha sofrido uma intoxicação por medicamento oferecido no hospital. Segundo o pintor, a esposa – filha do sêo Antônio – perguntou ao médico o que teria causado o coma do idoso e a resposta foi que, provavelmente, poderia ter sido uma infecção medicamentosa. “Ela perguntou ‘então foi erro médico?’ e ele disse ‘não posso dizer’. Eles ficam sempre nisso ‘não posso dizer’. Nós queremos saber o que aconteceu para ele estar há oito dias desacordado”, explica.
A comerciante Débora Belarmina ainda reclama da falta de médico especialista e de exames que o pai precisa fazer, mas o hospital não oferece. “O hospital não tem ressonância, não tem neuro e, no caso do meu pai, mexeu diretamente com a cabeça, ele não está respondendo, então precisa imediatamente de um neuro e uma ressonância para descobrir o que causou nele”.
“Na cama não tem quais medicações meu pai está tomando. Nós perguntamos ‘quais medicações vocês estão dando para ele?’ e eles respondem que não podem fornecer. Como assim não podem fornecer?”, indaga.
Além disso, a família se sente intimidada pelo hospital. “Nós queríamos o prontuário e eles disseram que a Fundação ABC não permite a entrega do prontuário. Eu falei para eles que a fundação não está acima da lei. A lei fala que precisa ser entregue. A moça falou que não poderia entregar e que teríamos que pedir para o médico que dá o boletim”.
“Eu falei ‘vou chamar a reportagem’ e me reponderam assim ‘se você chamar a reportagem você vai prejudicar os médicos e o seu familiar pode ser prejudicado’. Eu falei ‘isso é uma intimidação?’ e ela ‘não, só estou querendo dizer que ele pode ser prejudicado’. Intimidaram até a minha sogra. A gravação estava marcada, mas nós tivemos que desmarcar porque ela chegou chorando, com medo de acontecer alguma coisa com ele’, conclui Caio Vinícius Silva Matos, genro do sêo Antônio.
Ainda em nota, a Fundação ABC afirmou que os familiares receberam boletins médicos diários e participaram de reuniões com a equipe multiprofissional para serem informados sobre as medidas adotadas e o real estado de saúde do paciente.
O hospital reforça que em nenhum momento tolera intimidação ou omissão de informações. Além disso, informa que o paciente foi transferido para o Hospital Luzia de Pinho Melo.
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