Com 7 mil hectares e mais de 1,3 mil espécies de biodiversidade: conheça o Parque das Neblinas, em Mogi


Parque funciona como zona de amortecimento do Parque Estadual da Serra do Mar, que é o maior contínuo de Mata Atlântica no Brasil. Para visitar o espaço é preciso fechar pelo menos uma atividade. Segundo a administração do parque, o valor varia de acordo com a atividade escolhida (trilhas, ecoturismo, cicloturismo ou camping). Parque das Neblinas, em Mogi, é opção de lazer e descanso
A 110 quilômetros da capital existe um paraíso escondido e que há décadas resiste aos impactos do homem: o Parque das Neblinas, em Mogi das Cruzes. O espaço, que conta com mais de 1,3 mil espécies de biodiversidade, recebe cerca de 500 visitantes por mês.
O Parque funciona como zona de amortecimento do Parque Estadual da Serra do Mar, que é o maior contínuo de Mata Atlântica no Brasil. A analista de sustentabilidade e bióloga do parque, Michele Martins, explica que nas décadas de 40 e 50 boa parte da mata nativa foi transformada em carvão. Pouco tempo depois, os eucaliptos começaram a crescer e, durante o manejo da planta, foi possível perceber a sensibilidade da mata. “Com isso, o manejo foi reduzido e o local foi transformado em uma área de transformação, para que as pessoas pudessem visitar e ter um contato mais profundo com a natureza”.
Parque das Neblinas, em Mogi, é opção de lazer e descanso
Reprodução/TV Diário
A visita começa às margens do rio Itatinga. Do mais simples até o radical, os visitantes podem escolher o tipo de passeio. Ao todo são oito trilhas, em uma área de 7 mil hectares de Mata Atlântica que está em um processo de regeneração.
“Essa é a primeira vez que visitamos o parque e escolhemos a trilha guiada. Ela é melhor porque você pode ir no seu tempo, conhecendo, vendo as paisagens, desfrutando tudo que a natureza oferece”, comenta o vendedor Antônio Cordeiro de Oliveira, que é de Santo André – SP e estava acompanhado de um grupo de amigos.
Há também a possibilidade de uma trilha guiada, recebendo todas as orientações de quem entende do assunto. A primeira pausa no trajeto é em uma árvore essencial para uma mata sadia: a palmeira-juçara. “Ela alimenta mais de 70 espécies da fauna e, quando o projeto Ecofuturo começou a fazer as atividades aqui, nós percebemos que não tínhamos mais a juçara. Então começamos a semear, foram mais de 8,5 milhões de sementes plantadas, desde 2003. Em setembro, como é época de safra da palmeira, a movimentação de fauna aqui aumentou muito”, explica Michele.
Após cerca de 1 quilômetro de caminhada, mais uma surpresa para quem visita o espaço: a Cachoeira do Sertão. Essa é a principal área de banho do parque. “A gente costuma dizer que nós fazemos os mesmos caminhos, mas com novos rumos. Então caminhos que eram feitos nas décadas de 40 e 50, que era uma época de carvoaria, nós ainda fazemos, mas com outro objetivo, para sensibilizar as pessoas”.
Parque das Neblinas, em Mogi, promove a sensibilização com a mata
Reprodução/TV Diário
Por fim, após as atividades, a última parada obrigatória é o restaurante na sede do parque. Além das delícias feitas no fogão a lenha, a gastronomia também virou instrumento para trazer informação. Um exemplo disso são os frutos da palmeira-juçara, que são transformados em suco.
“É uma iguaria que nem todos conhecem e parece uma vitamina, muito gostoso. Também dá para fazer bolo de juçara, molho agridoce para carnes, uma infinidade de coisas”, afirma Marília Murakami, que é dona do restaurante do Parque das Neblinas.
Para visitar o Parque das Neblinas é preciso fechar pelo menos uma atividade. Segundo a administração do parque, o valor varia de acordo com a atividade escolhida (trilhas, ecoturismo, cicloturismo ou camping) e vai de R$ 45 a R$ 200. O agendamento é feito pelo telefone 4724-0555 ou, pelo e-mail, [email protected].
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