Amor, paixão, sentimento e nervosismo, esses são sentimentos comuns dos torcedores da Copa Alabarce, a principal competição de futebol amador de Mogi das Cruzes. Com R$ 60 mil em jogo, as comunidades se reunem nos campos da cidade para apoiar os times que amam e os atletas que disputam o torneio. Amor que é representado em camisas, bandeiras, placas e, até mesmo, na pele.
Neste domingo (21), as torcidas do Leões do CDGA e do Família compareceram em peso no campo do São Francisco, na rua David Bobrow, na Vila São Francisco, para acompanhar o confronto que vale vaga nas oitavas de final.
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Uma dessas torcedoras, Millena Silva (23), é fanática pelo time Leões do CDGA, que está no grupo A do campeonato. “Acompanho eles há uns três anos e meio. Morava no Bela Vista, mesmo local da galera do time. Vou em todos os jogos e fiz a tatuagem em homenagem ao time”, diz ela.
Ambas equipes venceram na estreia e entraram em campo empatadas na liderança do grupo, com três pontos. A vitória no confronto, simbolizaria a vaga na próxima fase para um dos lados. Bastou o juiz apitar para que as torcidas começassem a cantar. Gritos como, “Eu sou Leões do CDGA” e “Leões” ecoavam. Além das faixas esticadas ao redor do campo, os torcedores usavam pequenas latas de fumaça azul, representando as cores do time.
Logo no início da partida, Hermes Rocha, do Família, abriu o placar. Felicidade para a torcida de laranja e preto, formada por mulheres e crianças, que estava atrás do gol acompanhando. Indaia Mendes (37), faz parte da torcida do Família, que literalmente, era formada por familiares. “O amor pelo time vem desde o ventre, do berço. Estou com a Laura e com a Mariana, o papai não veio, foi trabalhar. A Laura tem um ano e dois meses, já a Mariana tem 11 anos, acompanhamos o time há quatro”, comenta.
A família de Indaia, atrás do gol defendido pelo Família no primeiro tempo, viu de perto o quase gol do Leões. Para a sorte dela e das crianças, o chute parou na trave. Precisando do resultado, os Leões cresceram no jogo, mas pecavam nas finalizações.
Como no futebol, a regra é clara, quem não faz, toma. O Família ampliou em boa jogada no final do primeiro tempo, mais uma vez com um gol de Hermes. Com dois gols de vantagem, o jogo ficou nervoso. Além dos cantos de apoio, a arbitragem passou a ser alvo de alguns torcedores.
O segundo tempo foi marcado por muitas faltas e reclamações, afinal, vencer o confronto era importante para dar tranquilidade na tabela. Com a cabeça no lugar, o Família soube administrar e manter a partida sob controle, segurando o placar até o apito final. Três pontos na conta da equipe, que garante a vaga de forma antecipada em um grupo complicado.
Na última partida da primeira fase da Copa Alabarce, o Leões do CDGA entra pressionado contra uma das equipes mais tradicionais da competição, que também tem três pontos, o Vila Industrial, no Centro Esportivo de Jundiapeba. Já o Família, enfrenta o Viela, derrotado pelo Vila Industrial neste domingo (21) e lanterna do grupo A.
O post Copa Alabarce e o amor pela várzea: “Fiz tatuagem em homenagem ao time” apareceu primeiro em O Diário de Mogi.